Em terreno central, cercado por muros e prédios altos, a arquitetura revisa o programa da casa tradicional. O pé direito alto remete a espaços de uso público e paradoxalmente, causa uma sensação de acolhimento e privacidade, reforçada pelo uso de cores escuras.
A iluminação intimista visa criar múltiplos planos, segmentados por vidros, plantas, graffitis e plantas. Se para a rua não há janelas, nem fachada visível, para dentro todos os espaços estão conectados e abertos. As grandes áreas envidraçadas trazem o dia, a noite, o sol ou a chuva para participar do convívio. O muro alto (5 metros) foi disfarçado com espelhos.
A treliça metálica espacial é coberta por telhas de alumínio tipo sanduiche, liberando o vão, finalizando em grandes beirais para proteger do sol do verão. O paisagismo prioriza a baixa manutenção, mas o principal objetivo são as soluções cenográficas: as plantas cobrem superfícies e servem como difusores de luz.
Optou-se pelo uso de materiais básicos: paralelepípedos de granito, madeira, tijolos apiloados, arenito e reboco sem acabamento, trazendo sensações de peso, verdade e rusticidade. Estes materiais trazem também atemporalidade à construção.
Projeto: ARQQO por Paulo Freitas Santos
Local: Batel / Curitiba